Curso para agentes da autoridade

Como os autuados nas ações de fiscalização da PSP e GNR não são necessariamente surdos nem burros, aconselharia a que as brigadas falassem entre si em jargão impossível de entender pelo comum mortal, nomeadamente senhoras que circulam normalmente, a 40 à hora, sendo seleccionadas para soprar no balão depois de terem bebido duas chávenas de chá Darjeeling.
Todos concordamos que fica mal ouvir polícias dizendo que "o melhor sítio para os apanhar com álcool é ali ao Princípe Real, de madrugada, quando vêm a sair do Bairro Alto" ou "este sítio é bom porque os condutores não nos conseguem ver aqui na esquina e não têm por onde escapar".
Ora bem, senhores agentes, vejamos como posso ajudar-vos.
Quanto à primeira frase, poderiam enunciar algo deste género: o pleice do best pa micar tansos cas antenas empanadas é no Prince, tardovski, quando o pipol geraute do gueto fashion.
A segunda frase seria transmitida com sucesso aos colegas, sem que ninguém de fora percebesse, usando o mesmo código. Ficaria algo deste género: "este pleice tá naice porque os tansos não nos micam aqui na corner e não dá pa geraute por outro pleice.
Informo que me encontro disponível para dar aulas sobre diferentes tipos de código aos agentes da autoridade, e posso mesmo ensiná-los a dizer, então, como é que o pessoal vai agora lixar esta senhora tão simpática, com ar de não saber como conseguirá esticar os euros até ao final do mês?

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