Controlem essa mulher

No passado tinha sido uma pessoa agressiva e impaciente, mas havia mudado. Muito. De há uns anos a esta parte era uma paz de alma, compreensiva e tolerante.
Até que, de um dia para o outro, começou a marrar em tudo o que mexia; chamava cabrões, filhos-da-puta aos condutores dos outros veículos automóveis, chateava-a que as cadelas não andassem mais depressa, que as facas não cortassem, que o cabelo se despenteasse com o vento... Andava embirrenta. Tinha de admitir. Mas porquê? Setembro tinha começado tão bem. Outubro também. Estava tudo a correr sobre rodas. O quê, caramba?! Foi quando se lembrou que há duas semanas não tomava a sertralina. Tinha-se acabado, e esquecera-se de ir à farmácia convencer o farmacêutico a vender-lha sem receita - saía mais caro ir ao médico.
Resumindo, há pessoas a quem não pode faltar o quimicozinho para o resto da vida.

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