Viver com os outros

Os outros julgam-me a partir da minha aparência, realizando um juízo de valores no qual eu sou "assim"; eu julgo os outros pela sua aparência, e no meu juízo de valores considero, naturalmente, que são "assado". Ninguém quer verdadeiramente falar comigo, conhecer-me, saber quem sou para além do que pareço, nem eu desejo, efectivamente, dar-me ao trabalho de penetrar na essência profunda de ninguém. Portanto, nem os outros me conhecem, nem eu os conheço. Ninguém conhece ninguém. Conhecer os outros, saber quem são?! É incerto. Perigoso. Nunca se sabe. É muito mais confortável continuarmos certos de que estamos certos, e distantes, para sempre, de quem possa aparecer para questionar tanta certeza.

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