O maravilhoso Natal da Isabela

Vem aí o Natal. Já o estou a sentir nas ruas. Andam todos em ritmo apressado, afogueados, como se o mundo, que há-se acabar um dia, acabasse hoje à noite às 21:32:14. Noto as faces excessivamente contritas do meu próximo, preocupado com os afazeres, as decorações, as prendas, as comezainas. E o pior é que acaba tudo logo no dia a seguir; melhor é o Carnaval que só termina na terça-feira.
Estou, portanto, a preparar-me, e a delinear uma estratégia de sobrevivência. Vai ser assim:
Um) Limpar a casa. E com limpar, não me refiro a atacar só a maior. Não, é aspirar tudo e limpar o pó e ver o cotão debaixo da cama. Tudo.
Dois) Aquecer esta casa como se estivéssemos no Verão, ir buscar a minha mãe à dela, e sentá-la aqui no sofá a ver programas de entretenimento e telenovelas durante dois dias seguidos.
Três) Comprar um bolo-rei, uma garrafa de álcool a mais que 13º e outra a mais de 20º, uma couve-portuguesa e duas postas de bacalhau do bom. Fritos, era o fazias! Talvez se possa comprar meia dúzia deles no café Colina.
Quatro) Aproveitar para ler uns livros atrasados e escrever uns textos, enquanto a minha mãe vê as telenovelas.
Cinco) Dar muitos beijinhos às meninas enquanto lhes pergunto, gostam de passar o Natal com a mamã?

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