Um senhor calvo

Os leitores que têm demonstrado interesse em conhecer o meu agente terão oportunidade de o ver, ao vivo, na quinta-feira, na Livraria Pó dos Livros, durante o lançamento do Caderno.
Avisou-me, hoje, que chegará de táxi, acabado de sair de um envolvimento com grainha de uva no spa do Sheraton, e que não lhe convém beber álcool. Convidou uma série de meninas dos blogues, que pretende familiarizar com estas coisas do mundo literário. Acho que pretende promover uma antologia com textos de bloguistas que escrevem livremente sobre sensualidade, libertação sexual, acessórios femininos, orgasmos, etc. Dá-me ideia que quer compor uma espécie de Spice Girls literárias, descobertas na blogosfera portuguesa, e a ideia parece-me giríssima. Vai vender.
Eu já não tenho idade, disse-me. Nem idade nem corpo. Só se emagrecer duas dúzias de quilos. Não estou a ver como emagrecer duas dúzias de quilos para entrar seja no que for.
Se não houver tempo para vo-lo apresentar, procurem na assistência um senhor calvo, de estatura média, normalmente muito bem vestido, em fato preto, e com uma atenção especial a cada uma das minhas palavras. Acha que não me sei vender. Que sou não-sei-quê fágica. Que tenho muito a aprender. Tenho, concordo. Mas podia ser mais meiguinho. Está a ouvir-me, senhor Simões, podia ser muito mais meiguinho!

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