Feira do Livro: sabe, eu é que sou a autora

Ontem fui à Feira do Livro verificar como ia a venda do meu Caderninho. E esfrego as mãos neste momento.
Na cena que se segue, lá vou eu em busca do stand da Letra Livre, dando de caras com um senhor que penso conhecer de qualquer outro lado. Diria que já trabalhou na Ler Devagar, ao tempo em que se situava no Bairro Alto, mas, muito sinceramente, pode ser de outra vida, que eu estou farta de conhecer pessoas de outras vidas, não sei é quais, nem posso confirmar se realmente lá estive.
Livros meus, nada vezes nada. Na frente do stand, alfarrabista; no expositor do lado esquerdo, Averno e &etc; expositor do lado direito, vazio.
Consulto os alfarrábios, escolho um que me interessa, e entabulo conversa com o senhor de cabelo comprido que conheço de outra vida, vocês não representam a Angelus Novus?!
Representamos, sim.
Mas não têm os livros em exposição.
Pois não, hoje não, que esteve a chover e tive que tirar os livros do expositor daquele lado. Batia a chuva.
Ah, está bem. E têm o Caderno de Memórias Coloniais?
Temos, temos. É o livro que vende mais. Está sempre a sair.
E eu, muito orgulhosa, sabe, eu pergunto porque não vejo à venda, e eu é que sou a autora, sabe, eu é que sou a autora.

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