Mundo gay cigano

Li num Correio da Manhã atrasado que houve tiroteio por questões passionais, entre famílias ciganas, na Picheleira. A mulher descobriu o marido aos beijos com outro. Foi um escarcéu do outro mundo. A senhora declarou que se tivesse sido traída com outra mulher não se queixava, mas que aquilo era uma desonra para o povo cigano - um marido pane..., quer dizer, homensexual não pode admitir.
Sou sincera, eu e o povo cigano vivemos em mundos tão diferentes que nem me tinha ocorrido a possibilidade de os vendedores da praça do Feijó andarem enrolados uns com os outros naquelas longas horas em que deixam as mulheres sozinhas nas bancas da venda. Já tenho reparado que estão sempre juntos, aos magotes, mas pensava que era a discutir negócios. Confesso-me aparvalhada com esta descoberta do mundo gay cigano. Falha minha. Por este caminho, qualquer dia vem a saber-se que as ciganas também andam entretidas com massagens de relaxamento nas cruzes, enquanto os maridos fazem aquelas longas viagens de noite, até fábricas longínquas, com as Bedford Transit cheias de espaço atrás para acamar o refugo que compram por atacado.

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