Como é que se fala para parecer jovem?

Ultimamente tem-me dado para pensar na velhice, ou, pelo menos, na distância que me separa dos jovens de 20 anos. Admiro-lhes a força, a beleza, a capacidade para ainda esperar e acreditar. Observo-os, e logo me logo me projecto, de olhos abertos, para os anos da minha juventude, revivendo emoções que lá permanecem, quando ainda não sabia coisa alguma, e ainda bem.

Perceber que já não somos novos é uma novidade quando deixamos de o ser, por muito actualizados e abertos à mudança que nos tenhamos mantido. Tudo isto me espanta, e creio tratar-se de um espanto prolongado.
Pus-me a ler o programa das Festas de Corroios 2010, e confrontei-me com a minha ignorância musical: não conheço as bandas. Mal distingo as cool, da moda, obrigatórias, das da pimbalhada. Imagino que as que se chamam Skalibans e The Hipers sejam as do estilo. Imagino, apenas. "As do estilo" também não será o vocabulário corrente. Já não me autorizam a dizer "fixes" nem "curtidas". A minha prima afastada reclama que quando falo "à jovem", pareço anda mais cota. Espero que ainda se diga cota!
Não conheço o som das bandas, zero vezes nada. Creio que conheço os The Gift e penso que o Mickael Carreira seja o filho do contornável intérprete de A Vida que eu Escolhi.

A minha dúvida mantém-se: Jotas, Cores, Caffeina e Face Oculta são bandas de música da nova vaga (escrevo nova vaga porque também desconheço o que chamam agora aos diferentes sons), ranchos folclóricos, agrupamentos de música popular ou de música erudita? E Dharma Project? É um grupo de dança ou uma seita com filiações orientais? Agradeço qualquer achega que me façam chegar.

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