Parabéns, querido Caderno

Faz um ano que saiu para as bancas o Caderno de Memórias Coloniais, e a data teria passado sem recordação se a Angelus Novus não mo tivesse assinalado. A minha vida é uma roda viva de trabalho, e sou má com datas.
Ao ler este texto, tão objetivo, no blogue da Angelus, sinto que foi exatamente como escrevem, mas, mais, que foi um ano do caraças, ou, como se diz em Português, megassimpático.
Impunha-se um balanço, mas olhando para o papel que se acumula sobre a minha secretária percebo que não tenho tempo. Portanto, reduzindo a reflexão ao mínimo aceitável, permitam-me que responda à pergunta "O que ganhei?"
Perdoem esta falta de modéstia congénita, que cai sempre tão mal, mas jurei não dizer o que não penso: ganhei a notoriedade de uma voz. Tornei-me uma voz. Antes mandava uns bitaites e ninguém me ligava nenhum. Agora mando uns bitaies e há meia dúzia de incautos que me escutam. Podia ter ganho o Euromilhões e arranjar forma de comprar uma ilhota no Pacífico para onde iria escrever livros sobre o cancro de pele, mas não, o que me saiu foi essa voz, apesar de tudo inestimável.
Resta-me agradecer à Angelus Novus a atenção que tem dedicado ao Caderno ao longo deste ano, bem como ao meu agente, Sr. José Simões, que não me larga a perna nem o braço, e se esforça todos os dias por me trazer ao mundo real. Não é tarefa fácil.
Como bónus comemorativo de um ano de Caderno de Memórias Coloniais ofereço-vos este podcast que poderão pôr a tocar todas as noites para adormecer rapidamente.

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