Uma matemática que adora o erro

Absoluta na sua tensão mais rudimentar, a escrita é a única forma directa de agredir o vazio. Um ritual. Viciada como mais nenhuma expressão artística na tua inteligência e imaginação.

Obsessiva e perversa: uma matemática que adora o erro; uma investigação que se envaidece com o caos e o desentendimento que produz.

Na pura rejeição de qualquer dieta estética ou formal, a criatura é movimento, espírito de uma época que ora se fascina ora se desilude e destrói para começar de novo. É vária. É um tremendo gozo colectivo e um horror. Na escrita encontramos possivelmente a única medida real para a vida. Escreve.


Revista Criatura nº 5, direcção de Ana Maria Antunes, David Teles Pereira e Diogo Vaz Pinto, organização pelo Núcleo Autónomo Calíope da Faculdade de Direito de Lisboa, Abril de 2009.

Texto transcrito da p. 5, sem indicação relativa à autoria

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