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Come, rapariga.
Já não consigo, mãe.
Tens de comer, ou qualquer dia ficas anémica.
Eu como.
Olha que podes ser muito parecida com o teu pai, mas de sangue saíste-me a mim. Sempre tive o sangue fraco. Nasceste muito magrinha. Foste a recém-nascida mais comprida e magrinha da maternidade. Não tivessem sido as papas de farinha torrada, com uma colher manteiga, que te enfiei pela boca, nunca terias medrado. Isso e o leite Pelargon, o melhor do mercado, que te oferecia o primo Jorge, às caixas, que essas obrigações lhe devo. Não engordavas, mas pesavas como chumbo.

Qual primo? Aquele que aos 8 anos queria que levantasse o vestido e lhe mostrasse o grosso da perna até às cuequinhas com renda? Levanta mais, levanta mais.
O que me sentava ao seu colinho, à secretária, com o pénis ereto contra as minhas nádegas, deixando-vos maravilhados com o desvelo com que se ocupava da minha educação?

Não respondeu à pergunta. Não lha fiz. Uma filha deve proteger a sua mãe dos perigos do mundo.

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