Beleza, energia e desejo

Quando tinha vinte anos frescos e considerava os direitos cívicos e laborais inalienáveis, porque a lei os garantia, e nada sabia sobre o porvir, graças a Deus, e saía à noite, os homens não vinham ter comigo para me darem os seus números de telefone, nem me chamavam para beber uma bebida com eles ou mesmo da deles. Era um desperdício de beleza, energia e desejo.
Trinta anos e muita droga depois, piscam-me o olho e parece que ganhei interesse. Querem dormir com a mãe? Acham que não corro o perigo de engravidar e de pretender contrair casamento? Pensam que, chegada a este ponto, estou tão desesperada que até já cedo à pequenez das conversas de engate? Estou com o cabelo mais louro? Mudei eu ou mudaram eles?

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