Conto sem moral

Havia uma professora que tinha um aluno muito burro no 12º ano. A professora era muito boazinha e não discriminava ninguém por ser burro, pelo contrário, até lhes elogiava os feitos na tentativa de os ver repetidos. Mas o rapaz era mesmo burro, muito burro, e não o sabia. Raramente um burro sabe que é burro. Se sabe é porque há salvação.
Um dia, apanhou o rapaz em conversa com uma colega sobre se havia de seguir um curso de pasteleiro ou de polícia. O rapaz dizia "o meu irmão também é bué de relax como eu e conseguiu entrar para a polícia".
A professora lembrou todos os diálogos com paredes-polícias que tinha tido até então, e percebeu, finalmente, que tudo o que é burro que nem uma porta vai para polícia (ou jogador de futebol, mas isso ela já sabia).
Levantou-se lá do seu lugar de onde conseguia ouvir a conversa e disse ao rapaz muito burro, "olhe, vá para pastelaria, que isso dos bolos há sempre quem compre e não tem de se chatear a comunicar com pessoas que não o entendem".
Era boa professora.

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