O meu corpo
Não escondo as fotos de quando fui mais, muito mais gorda. Nem poderia fazê-lo, querendo, por se encontrarem espalhadas pela internet.
Não sou, por natureza genética, uma pessoa magra, mas sentia um sombrio desgosto pela minha gordura, que acreditava afastar-me dos outros. Penso que fui sempre eu quem se afastou, por defesa.
O nosso corpo é o contentor do que vamos sendo. Primeiro está o que se é, e que nunca muda, como corrente subterrânea do que se vai sendo. Depois está o corpo, e aquilo que o que vamos sendo lhe vai fazendo.
O meu corpo é a minha história e, hoje, finalmente, posso percebê-lo.
Não sou, por natureza genética, uma pessoa magra, mas sentia um sombrio desgosto pela minha gordura, que acreditava afastar-me dos outros. Penso que fui sempre eu quem se afastou, por defesa.
O nosso corpo é o contentor do que vamos sendo. Primeiro está o que se é, e que nunca muda, como corrente subterrânea do que se vai sendo. Depois está o corpo, e aquilo que o que vamos sendo lhe vai fazendo.
O meu corpo é a minha história e, hoje, finalmente, posso percebê-lo.