Resistir

No outro dia, num contexto público, alguém, que me ouvia, afirmou sentir o meu discurso sobre os portugueses muito desencantado, angustiado, pessimista. 
Eu não posso inventar um Portugal diferente para representar, e os portugueses estão à vista.
Mas não sou pessimista nem derrotada. Pelo contrário, acredito que tudo poderia ser diferente se criássemos união, se não aceitássemos imposições autoritárias baseadas em mentiras nas quais nem sequer acreditamos. 
O fatalismo é uma herança que não deveríamos assumir. Tudo muda constantemente e os agentes de mudança somos nós, não os outros. Nós todos: eu, os meus amigos, os senhores do café onde se fala mal português e o do outro onde estão as horríveis famílias. Todos. É possível e urgente mudar esta sinistra ordem autoritária. 
Estamos aqui, estamos todos juntos, temos as mãos, a mente, a vontade. Eu tenho.

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