Cega

No ensino secundário, tive, como professor de Introdução ao Direito, um juiz que defendia os homens de convicçao contra os de opinião. A opinião valia pouco. A convicção, isso sim! Nada a demovia. Forte. Segura. Por algum motivo me lembro disto. Por algum motivo, passadas dezenas de anos, continuo a culpar-me por ser tão pouco uma mulher de convicção, por ser tão incoerente, tão contraditória, por ler o que escrevi há meia dúzia de anos e pensar, "mas a seguir fiz o contrário".
Vivo como um cego numa casa desconhecida. Às apalpadelas.

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