Amor sustentável na Angelus Novus
Toda a gente sabe que eu detesto o dia dos namorados tanto quanto qualquer outra solteirona diplomada pode detestar. Detesto corações de peluche e canecas com ursinhos usando pijamas decorados a corações vermelhos, e esferográficas em forma de coração, e almofadas que são anjinhos barrocos mal amanhados e servem para nada, e toda a parafernália própria da data. Odeio jantarzinhos de namorados e de casalinhos, e as prendas especiais, os ramos de flores, as pulseiras, os alfinetes de gravata, os cartões. E o resto das mariquices que passam por namoro. Nunca me lembro de ter vivido um dia de namorados. Se vivi, já foi há muito, muito, tempo, e, exactamente por isso, não me lembro Aposto que nunca entrei em cenas dessas. Se por acaso estou enganada, alguém se acuse (não ouço nada).
E eis que a minha editora me manda, hoje, esta promoção. E os namorados são a Verónica e o Abel, o Eduardo e o Rui. Uma editora com uma política sexual absolutamente sustentável! E não fizeram nenhum comigo! Podia ser Adília & Isabela. Compre uma, leve o par. Ou Isabela e... Senhor Simõõeeees..., se faz favor, que autoras é que eles lá publicam para além de mim?
E eis que a minha editora me manda, hoje, esta promoção. E os namorados são a Verónica e o Abel, o Eduardo e o Rui. Uma editora com uma política sexual absolutamente sustentável! E não fizeram nenhum comigo! Podia ser Adília & Isabela. Compre uma, leve o par. Ou Isabela e... Senhor Simõõeeees..., se faz favor, que autoras é que eles lá publicam para além de mim?