Viver para sempre?
O combate à sida está agora a fazer-se mediante o recurso às células estaminais.
Os portadores de VIH poderão vir a ser tratados, em alternativa aos retrovirais, com as suas próprias células estaminais, as quais, ao serem extraídas da medula óssea, purificadas em laboratório, manipuladas, e de novo reinjectadas no organismo do qual provêm, garantirão uma qualidade de vida que o doente com sida nunca imaginou recuperar, uma vez que o sistema imunitário desenvolverá resistência ao vírus. Desenvolver resistência ao vírus implica recuperar a imunidade perdida.
Segundo a revista Science Daily, o grupo de cientistas responsável por este estudo testará o método até 2013.
A terapêutica com células estaminais está prestes a alterar as técnicas de combate às doenças, sejam quais forem e onde quer que se situem no nosso corpo, num espaço de dez anos. Não tenho muitas dúvidas de que em 2020 será possível regenerar um fígado, desenvolver matéria óssea ou a cartilagem de uma articulação, recuperar lesões no coração, nos pulmões, nas artérias, doenças crónicas e congénitas. Será no nosso tempo, ainda.
Recentemente, um colombiano desenvolveu uma articulação mandibular a partir da extracção de células estaminais da sua própria medula.
A ideia de um novo mundo é tão abrangente que não se confina às fronteiras do social. O novo mundo é mais aberto, mais tolerante, mais consciente, mas será também mais saudável.
Um amigo perguntava-me se nos tornaremos imortais. Não creio que se torne uma solução muito popular. Se pudesse atingir uma longevidade extrema, desejá-la-ia? Gostaria de chegar aos 150, 180 anos, imaginando que poderia ser possível?
Por muito que deseje viver, a imortalidade está fora do meu universo de objectivos de vida. Desejo manter uma razoável longevidade, que seja lúcida e destituída de dor física, mas não pretendo ser eterna. Morrer é importante e nada tem de errado. Precisamos de descansar, chegada uma certa hora.
Não nego que existirão homens e mulheres a prolongar a sua vida para lá do aceitável, enquanto for possível. Serão os excêntricos, os americanos que já realizaram todas as operações plásticas do catálogo. Não serão compreendidos. Aceitar a morte, num mundo em que a esperança de vida nos levará facilmente aos 100 anos, como hoje se chega aos 70, tornar-se-á tão digno como aceitar as rugas, os cabelos brancos, a falta de visão ao perto, a pele escamada, a velhice.
Segundo a revista Science Daily, o grupo de cientistas responsável por este estudo testará o método até 2013.
A terapêutica com células estaminais está prestes a alterar as técnicas de combate às doenças, sejam quais forem e onde quer que se situem no nosso corpo, num espaço de dez anos. Não tenho muitas dúvidas de que em 2020 será possível regenerar um fígado, desenvolver matéria óssea ou a cartilagem de uma articulação, recuperar lesões no coração, nos pulmões, nas artérias, doenças crónicas e congénitas. Será no nosso tempo, ainda.
Recentemente, um colombiano desenvolveu uma articulação mandibular a partir da extracção de células estaminais da sua própria medula.
A ideia de um novo mundo é tão abrangente que não se confina às fronteiras do social. O novo mundo é mais aberto, mais tolerante, mais consciente, mas será também mais saudável.
Um amigo perguntava-me se nos tornaremos imortais. Não creio que se torne uma solução muito popular. Se pudesse atingir uma longevidade extrema, desejá-la-ia? Gostaria de chegar aos 150, 180 anos, imaginando que poderia ser possível?
Por muito que deseje viver, a imortalidade está fora do meu universo de objectivos de vida. Desejo manter uma razoável longevidade, que seja lúcida e destituída de dor física, mas não pretendo ser eterna. Morrer é importante e nada tem de errado. Precisamos de descansar, chegada uma certa hora.
Não nego que existirão homens e mulheres a prolongar a sua vida para lá do aceitável, enquanto for possível. Serão os excêntricos, os americanos que já realizaram todas as operações plásticas do catálogo. Não serão compreendidos. Aceitar a morte, num mundo em que a esperança de vida nos levará facilmente aos 100 anos, como hoje se chega aos 70, tornar-se-á tão digno como aceitar as rugas, os cabelos brancos, a falta de visão ao perto, a pele escamada, a velhice.