Sou eu
Quando saio de casa, as meninas ficam bem entregues. Tratam delas com igual desvelo, bem sei, mas custa-me. Talvez fiquem felizes por se livrarem de mim dois ou três dias, ou até quatro, mas a mim é que me custa não poder adormecer e acordar com elas, senti-las respirar, cheirar o seu cheiro, abraçá-las, ralhar com elas ou mimá-las. Vivemos juntas. Somos umas das outras. Eu, pelo menos, pertenço-lhes inteiramente. Acho que é isto que sentem os amantes.