Imortal
A D. Lucília telefonara-me logo de manhã anunciando a morte da minha mãe. Morreu, dissera, já não respira, e seguira-se um longo silêncio.
D. Lucília, desculpe, mas isso é impossível, a minha mãe não morre. Pode ser um problema nos pulmões, pode estar doente, mas morrer, não, que a minha mãe tem uma filha para acabar de criar.
E saí de casa para ir resolver o problema. Não podemos confiar em ninguém.
Nota importante após alguns emails e telefonemas relacionados com este texto: nem a minha mãe morreu nem eu tive qualquer intenção de criar uma mentira, por ser 1 de Abril. Este é um texto sobre alguém que não pode morrer. É só isso.