Em Angola era o paraíso
Ao contrário do que se possa pensar, raramente recebo hate mail relacionado com o Caderno de Memórias Coloniais. Pelo contrário, recebo cartas lindíssimas. Contudo, o hate mail tem o seu interesse, porque chega-me muito carregado de paixão, de vontade de me mudar, e eu compreendo esses sentimentos extremados, no limite. O que me dizem?! Sim, queremos que fales de África, mas de outra África. Fala da minha África. Queres que eu te ensine?
Quero. Estou muito disponível para aprender tudo o que possa, e à pancada ainda melhor, para não fugir à tradição paterna. E não só, a verdade é que eu só aprendo à pancada, desde que me lembro.
Deixo-vos com um hate mail ainda quentinho, via iPad, embora não saiba bem o que é um iPad nem como é que um branco consegue ter filhos pretos. Mas aprenderei, de certeza.
Pois e, como nao viveste em Angola nao devias ter generalizado nos teus escritos... Em Angola nao havia o racismo que dizes ter conhecido em Moçambique... Visita Angola ainda hoje e vais ver a diferença ... e o modo como os que tem mais de 45 anos falam dos brancos portugueses... e muitos deles Angolanos. Eu sou Angolano branco, tenho filhos brancos, mulatos ...e pretos. Nao sabes como e possível ter filhos, irmãos e pais pretos ? Eu ensino-te...se e que queres aprender.
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