Um broche num beco, sem outra moral
Passei-me com os miúdos. Estando a falar-lhes sobre o caso em que a poesia é catarse, e não sabendo eles o isso era, expliquei. Gozaram. Não sei porquê. Porque a palavra tem graça. Porque alguém disse uma piada. Porque a poesia não lhes interessa nem a catarse nem nada que não seja o que nós valorizávamos na idade em que estão. Depois vinguei-me. Dei um dos poemas mais gay do
Cesariny sem nunca perceberem que aquilo era, afinal, um broche num
beco. Também, não lhes disse (que era um broche num beco).