Mistério
Não tenho medo, de forma geral, e muito menos do ridículo. Acho o ridículo uma ternura a acarinhar. Sempre tive graça e achei graça.
Dou gargalhadas muito sonoras.
Não sou de sacrifícios nem de fretes.
Sento-me de qualquer maneira, não faço boquinhas, digo o que quero e mostro o que sou. Parece que as outras mulheres não. Não tenho mistério nenhum. Não sabia que era para ter mistério. Pensava que o jogo bem jogado era o que não se jogava.
Se é preciso escolher entre ter características femininas e viver a sério com a própria consciência, escolhi certo. Não estou nada arrependida de ser quem sou.