Oh, pelo amor do Smartphone!


Aquilo que faço, não o sei fazer. Muitas vezes acontece. Não sou a única. Nenhum de nós aprendeu a respirar e contudo fazêmo-lo. Mas há situações mais prosaicas que me divertem. Falemos de smartphones, esse ouro do nosso tempo, mas muito mais importante do que o dito metal. Esse prolongamento dos corpos pelo qual parece valer a pena matar e morrer e ao qual nos mantemos ligados por um fio visível, preto ou branco, com uma entrada usb e outra.
Os smartphones, para além de um teclado minúsculo no qual  não se consegue escrever uma letra sem acertar na do lado, para além da polícia de costumes incorporada chamada corretor ortográfico, têm uma funcionalidade chamada captura de écran. É mais ou menos como se um livro tivesse a possibilidade de se auto-fotografar na página na qual se encontra aberto. Deve ser útil: as pessoas usam-no. Eu própria o vou fazendo: tenho uma série de capturas de écrã na galeria de fotos do telemóvel: páginas do Gmail, do Facebook, do menu, da lista de contactos, o que for possível de capturar, em qualquer instante. Penso, “como é que isto veio aqui parar?” Não é uma questão retórica: não sei mesmo fazer uma captura de ecrã! Quais são os meus gestos para que aquilo que faço me apareça feito? E sorrio.


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